Total de visualizações de página

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Chás e sorvete para emagrecer

Os mais novos e poderosos chás — e um sorvete! — Que vão mantê-la magrinha, magrinha. É tomar e levitar.



O tempo esfria, sua fome aumenta e o ponteiro da balança sobe? Para essa equação fechar sem você ganhar nem um quilo a mais, mergulhe de xícara e pires nestes chás. Tem o de folha de oliveira, o oolong e o amarelo. Mora em um lugar quente mas também está louca para eliminar gordurinhas? Descobrimos um sorvete enxuga-barriga que refresca e queima calorias. A seguir, as últimas palavras em matéria de emagrecimento e saúde.

Chá de folha de oliveira
Talvez a azeitona não seja presença comum nas dietas para emagrecer. Mas seu chá ganhou espaço no armário de quem quer ficar em forma. Em comparação ao verde, por exemplo, é mais rico em potássio e magnésio, fósforo e zinco, tornando-o um antioxidante poderoso.

Superpoderes: “Já se sabe que o chá da folha de oliveira é diurético, reduz o colesterol e a glicose no sangue”, diz o médico e fitoterapeuta Alex Botsaris, autor do livro Fórmulas Mágicas (Nova Era). Uma pesquisa realizada em 2008 por cientistas alemães e suíços comprovou que o consumo diário de mil miligramas do extrato da folha de oliveira (de 2 a 5 xícaras do chá, dependendo do processo de extração) combate a hipertensão. A bebida também tem propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, ajudando no combate à celulite!

Quantidade indicada
Até 1 litro de chá (com 2 a 3 colheres de sopa da erva) por dia, no horário que preferir. Pode ser gelado, como se fosse um suco. É contraindicado para gestantes e mulheres que estejam amamentando.

Chá oolong
Assim como o chá verde, o vermelho e o branco, já bastante conhecidos no Brasil, esse tipo também deriva da Camellia sinensis, planta reconhecida pela ciência e usada como arma na luta contra a obesidade há muito tempo. A diferença entre eles está no processo de fermentação. O oolong é semifermentado, um intermediário entre o verde e o preto. Isso faz com que ele seja mais rico em flavonoides do que os outros, tornando-se poderosíssimo antioxidante e protegendo como ninguém suas células contra o envelhecimento precoce.

Superpoderes: Como os outros chás originados dessa planta, o oolong ajuda no emagrecimento por dois motivos principais: “Primeiro, porque estimula a quebra de gorduras”, diz o médico Alex Botsaris. Outra razão é a presença de polifenóis, substâncias que inibem as enzimas que sintetizam as gorduras. Segundo a nutricionista Elaine Rocha de Pádua, da DNA Nutri, um estudo americano mostrou que o chá tem ação termogênica, podendo acelerar o metabolismo entre 5 e 10%.

Quantidade indicada
Duas a 3 xícaras por dia, pelo menos uma hora antes ou depois das refeições. “Alguns tipos de chá podem interferir na absorção de ferro e cálcio”, diz Elaine. A deficiência do primeiro pode causar anemia. A do segundo está relacionada ao acúmulo de gordura corporal. “Quem sofre de insônia deve restringir o consumo após as 16 horas”, acrescenta Botsaris. Isso porque a erva tem muita cafeína. É contraindicado para gestantes e mulheres que estejam amamentando.

Chá amarelo
É o mais novo chá “colorido” derivado da Camellia sinensis. Nesse caso, o processo de secagem é mais lento: as folhas descansam até ficarem amareladas. O gosto é mais suave que o do verde, conquistando adeptas.

Superpoderes: Uma das vantagens da bebida é possuir mais polifenóis — as tais substâncias iniboras das enzimas que sintetizam as gorduras e ainda combatem os radicais livres — que os outros derivados da planta. Estudo publicado na revista americana Phytotherapy Research sugere, ainda, que o chá amarelo tem três vezes mais ácido gálico que o verde e oito vezes mais que o branco. “Esse potente antioxidante recupera a capacidade de desintoxicação do fígado”, diz o fitoterapeuta Botsaris. “Além disso, a bebida tem efeito diurético”, complementa a nutricionista Ana Paula de Souza, da Clínica de Nutrição Santé, no Paraná.

Quantidade indicada
O ideal são 3 xícaras por dia. Assim como o oolong, não deve ser consumido logo após as refeições. Se você for sensível à cafeína, melhor tomar no período da manhã, pois pode deixá-la acordada noite adentro. É contraindicado para gestantes e mulheres que estejam amamentando

Sorvete à base de chá
Ele costuma ser um dos primeiros itens a serem cortados do cardápio quando o assunto é perder peso. Mas isso foi no passado. Acaba de chegar à farmácia um produto que promete mudar esse hábito. O sorvete emagrecedor foi inspirado em uma marca italiana de iogurte. É feito à base de três tipos de chá que têm origem na Camellia sinensis: o branco, o verde e o vermelho. Um estudo alemão publicado no jornal Nutrition and Metabolism, por exemplo, mostrou que o chá branco inibe o aparecimento de novas células de gordura e estimula a quebra de outras já existentes. Já o verde acelera o metabolismo e ajuda a queimar calorias. O vermelho é famoso por reduzir o colesterol ruim. Você escolhe o sabor: amora, coco, baunilha, chocolate... É acrescentar água ou leite desnatado, deixar no congelador e tomar até 6 colheres (sopa) por dia.

Chá em erva, pó ou pílula?
“As cápsulas, em geral, têm o extrato concentrado, o que torna o efeito mais eficaz”, diz a nutricionista Ana Paula de Souza, da Clínica de Nutrição Santé, no Paraná. E também são práticas. Por outro lado, optando pelos comprimidos, você deixa de degustar a bebida, o que aumenta a sensação de saciedade. “No entanto, convém buscar a orientação de um especialista”, diz Botsaris. Assim, descobrirá qual o melhor chá para o seu caso.

Por que comer pimenta?

Como é possível um alimento tão pequeno proporcionar tantos benefícios à saúde? Esse é o caso da pimenta



Por trás de sua cor avermelhada (ou preta, depende do tipo) se esconde uma substância amiga do organismo, capaz de atuar em diversas áreas do corpo. Com vocês, a capsaicina. Mas as boas notícias não acabam por aí. Nutriente como a vitamina C, poderoso antioxidante, também está presente na especiaria. A seguir, veja oito poderes da pimenta:


1. Emagrece
Diminuição do apetite e queima de calorias: pimenta no prato signifca ajuda extra contra os quilos a mais!

2. Previne o envelhecimento precoce
O tempero oferece cerca de quatro vezes mais vitamina C do que a laranja, nutriente que atua contra os efeitos da idade

3. Afrodisíaca!
Sabe o termo “apimentar a relação”? Pois é, um pouco de pimenta dá aquele empurrãozinho para estimular o apetite sexual

4. Solte a risada
Rir não faz mal a ninguém, certo? Fique sabendo que o consumo do tempero também está associado à melhora do humor

5. Abaixo o colesterol!
Quem consome pimenta preza por níveis reduzidos desse vilão, que adora arranjar encrenca com o coração

6. Intestino sem crise
A pimenta possui agentes químicos que ajudam a eliminar bactérias inimigas do bom funcionamento do intestino

7. Câncer no alvo
Estudos demonstram que um pouco de pimenta no cardápio ajuda a prevenir e auxiliar no combate de tumores

8. Xô, dor de cabeça!
Para quem vive reclamando desse tormento, comer pimenta pode ajudar a refrescar a cuca

O verde está em alta

Comer kiwi todos os dias é um reforço e tanto contra doenças do coração e câncer. Inclua a fruta no cardápio e comprove seus benefícios



Durante muito tempo, a laranja foi considerada campeã quando se falava em vitamina C. Até que outras frutas começaram a ser mais bem estudadas e derrubaram seu império. O kiwi é uma delas. Embora sua aparência não seja das mais belas, para não dizer que é esquisita mesmo, o que esta fruta marrom e com pelos na casca tem de pouco atraente em seu visual, compensa em valor nutricional e benefícios ao organismo.

De acordo com a nutricionista Cinthia Sobral, professora do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, o kiwi é rico em vitamina C e potássio, dois importantes nutrientes. Segundo ela, o primeiro é considerado um antioxidante natural, com ação fundamental na neutralização dos radicais livres. "A vitamina C protege as células e o DNA do dano oxidativo causado pelos radicais livres, formados durante a produção de energia", explica. Outra boa notícia desse composto é que ele favorece a absorção do ferro, quando consumido junto. Para os atletas, sua propriedade antioxidante previne as lesões musculares.

Quanto ao potássio, a nutricionista conta que o mineral é importante para ajudar no controle da pressão arterial, pois facilita a dilatação dos vasos sanguíneos. O kiwi também apresenta uma quantidade razoável de fibras alimentares, em especial na polpa, que é rica em pectina. Segundo Cinthia Sobral, esta fibra regula o funcionamento intestinal e aumenta a saciedade (ótimo para quem faz dieta).

Em estudo, observou-se que o consumo diário do kiwi ajuda a proteger contra o câncer

Kiwi: a fruta mais nutritiva
Um estudo realizado na Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, avaliou o valor nutricional de várias frutas para determinar, uma a uma, qual a mais nutritiva. A análise determinou a densidade nutritiva de 27 das frutas mais consumidas.
O experimento apontou o kiwi como a fruta com maior densidade nutritiva, ou seja, que possui uma maior quantidade de nutrientes por caloria. Entre as frutas analisadas, o alimento também foi o que obteve o mais alto nível de vitamina C - quase o dobro da laranja - e magnésio, mineral importante para a saúde cardiovascular.

O kiwi obteve ainda um nível superior às bananas em potássio. E mais: segundo o padrão da Food and Drug Administration (FDA) - órgão governamental americano responsável pelo controle dos alimentos - a fruta é considerada uma boa fonte de vitamina E, que também possui ação antioxidante e ajuda a combater os radicais livres. "A combinação da vitamina C com a vitamina E atua contra doenças cancerígenas, cardíacas e fortalece o sistema imunológico", explica a nutricionista Ana Claudia Montezino, de São Paulo.

Olha o churrasco!
Você sabia que o kiwi pode ser usado como um amaciante natural de carnes?

Assim como o abacaxi e o mamão, a fruta contém uma enzima, no caso a actinidina, que quebra as fibras da carne, ajudando a amaciá-las e auxiliando também na digestão. Para isso, corte metade do kiwi e o esfregue sobre a carne; ou então descasque, amasse, espalhe sobre a superfície da carne e deixe agir de 10 a 15 minutos. É por isso também que, quando se tenta fazer alguma sobremesa com gelatina, ela não solidifica. Para isto é necessário ferver a fruta para tornar esta enzima inativa.

Fonte: Ana Claudia Montezino, nutricionista de São Paulo

Até a casca
De acordo com a médica nutróloga Jane Corona, a casca do kiwi também pode ser consumida, mas é indicada apenas na preparação de sucos. Ela é rica em clorofila, assim como sua polpa verde. Um estudo realizado pelo departamento de Nutrição da USP constatou os benefícios desta substância na dieta humana. A clorofila possui uma boa quantidade de ferro, zinco, magnésio, potássio e cálcio, minerais que protegem o sistema imunológico e neutralizam a acidez na corrente sanguínea - fator que deixa o organismo mais suscetível a doenças infecciosas, hepáticas e do envelhecimento. "A clorofila não é degradada durante o amadurecimento do fruto, como ocorre com as plantas", conta.
A nutróloga ainda explica que, por causa da vitamina C, o alimento oxida facilmente depois de cortado, perdendo boa parte dos nutrientes. No caso da bebida, não é aconselhável guardá-la na geladeira. Ela deve ser consumida logo após o preparo.

Protege contra o câncer
Um estudo realizado no Instituto de Pesquisa Rowett, no Reino Unido, observou que o consumo diário do kiwi ajuda a proteger contra um dos tipos de danos ao DNA que podem causar câncer. Isto foi concluído por causa dos baixos níveis de bases oxidadas no DNA após o consumo frequente da fruta, e pela crescente capacidade antioxidante das células, devido aos elevados níveis de vitamina C presentes no plasma celular. De acordo com a nutricionista Daniela Jobst, o kiwi possui dois compostos fenólicos: os flavonoides e a clorofilina, que são energizantes celulares. Por isso, ajudam na prevenção ao câncer. Além disso, a fruta contêm ainda a vitamina A, que é importante para a visão, imunidade e protege a pele contra os raios UVA e UVB.

Coração saudável
Comer dois kiwis por dia pode melhorar a saúde do coração. Um estudo realizado pelo Departamento de Nutrição da Faculdade de Medicina da Universidade de Oslo, na Noruega, comprovou que por suas altas doses de vitamina C, vitamina E e polifenóis, o kiwi pode ser benéfico para combater as doenças cardiovasculares. Foi constatado que consumir duas unidades da fruta por dia, durante 28 dias, ajuda a diluir o sangue, reduzindo os coágulos (que se formam pela agregação de plaquetas) em 18%, e reduz também a gordura no sangue (triglicerídeos), em uma média de 15%.

De acordo com a nutricionista Ana Claudia Montezino, as fibras presentes no kiwi evitam doenças cardíacas, porque ajudam a eliminar a gordura, diminuindo o colesterol. Para os diabéticos, ela faz que a taxa de açúcar suba lentamente no sangue. "Acredito que o kiwi, inserido em uma proposta de reeducação comportamental, que envolve uma alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas, tem a capacidade de prevenir ainda uma série de doenças crônico-degenerativas", afirma o nutrólogo Sandro Trindade.

Amiga do coração

A amora evita males ao órgão, afasta infecções e previne o envelhecimento precoce



Sabe muito bem que alimento roxo é sinal de longevidade. A amora – assim como ameixa, uva, açaí e jabuticaba, entre outras frutinhas agradáveis ao paladar – vem lotada de pigmentos arroxeados conhecidos como antocianinas.

Além de conferir cor escura à casca, essas substâncias também aparecem em peso na polpa dos alimentos e são capazes de livrar as células do corpo das mais variadas encrencas. “Estão entre os antioxidantes mais poderosos da natureza”, comenta a nutricionista Suzy Naomi Yamaguchi, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

“Eles são aliados no combate aos radicais livres, o que protege a pele contra o envelhecimento precoce e ajuda a evitar doenças degenerativas, como o câncer”, afirma. Para se ter ideia, no ano passado, cientistas da Ohio State Comprehensive Cancer Center, nos Estados Unidos, notaram, por meio de testes em ratos, que as antocianinas inibem o crescimento de células tumorais.


Enquanto os estudos ainda avançam, certo é que não dá para ignorar outro valente antioxidante, a vitamina C, presente em boas quantidades nessa fruta originária da Ásia. O nutriente é capaz de proteger elementos indispensáveis para o corpo, como proteínas, gorduras, carboidratos e ácidos nucleicos (RNA e DNA), de danos provocados pelos temidos radicais livres.

Coração aliviado

As antocianinas também fazem sua parte contra a oxidação do LDL, molécula que transporta colesterol para todos os órgãos. Com isso, evitam formação de placas nos vasos sanguíneos, quadro que pode desencadear derrame e enfarte.

Além disso, a amora vem carregada de um sal mineral importante para o coração: o potássio. “O nutriente facilita a dilatação dos vasos e, com isso, ajuda a controlar a pressão”, garante Suzy Yamaguchi. De lambuja, pode reduzir os efeitos negativos do sal, como a hipertensão, porque induz a eliminação do sódio pelos rins.

Para completar, o sistema cardiovascular se beneficia da pectina, outra maravilha da amora e de outros frutos roxos. “É uma fibra solúvel que pode reduzir os níveis de colesterol no sangue”, aponta a consultora nutricional Vivian Bausas, da Nutri Empresa Saudável, de São Paulo. Segundo a especialista, a amora preta é a espécie que mais carrega esse tipo de fibra.

A amora é cheia de potássio, mineral importante para a saúde do coração

Cinturinha fina

A combinação de antocianinas e pectina também garante o corpo esbelto. Isso porque as substâncias são ótimas para regular o funcionamento das células “engordativas” e controlar o excesso de peso. Outro ponto a favor da turma arroxeada: ao contribuir para que as células fiquem em equilíbrio no corpo, é possível aumentar a resistência à insulina, mal que deflagra a diabete tipo 2. “Sem contar que a amora é magrinha por natureza: são apenas 43 calorias para cada 100 gramas do alimento”, alerta a nutricionista do Hospital Sírio-Libanês.

Livre de infecções

Prevenção de infecções, especialmente no trato urinário, é mais uma vantagem da santa amora. Além da ação diurética (isto é, diminui a retenção de líquidos no corpo), estudos científicos têm comprovado que o suco da fruta é eficaz na destruição de bactérias como a E. coli, responsável por uma vasta lista de infecções no organismo humano.


Tem mais: a amora já mostra seus poderes contra o vírus do herpes tipo 2 (HSV-2, ou herpes simples), responsável por feridas dolorosas nos lábios e nos órgãos genitais – estima-se que o vírus esteja presente em 90% da população, embora se manifeste em cerca de 10% dos brasileiros. Pelo menos é o que algumas pesquisas têm demonstrado.

Cientistas da Universidade de Kaohsiung, em Taiwan, garantem que a amora alpina, encontrada em solo brasileiro, é capaz de suprimir os sintomas do herpes. “A notícia é bem-vinda, mas ainda faltam estudos conclusivos sobre esse efeito”, ressalta Suzy Yamaguchi.


Esqueleto protegido

Certo é que a amora também é frequentemente apontada como importante fonte de cálcio, nutriente fundamental para a formação da massa óssea – sua falta é a principal causa da osteoporose. E não é à toa. “São cerca de 30 miligramas desse mineral em 100 gramas do fruto”, diz a nutricionista do Hospital Sírio-Libanês. A uva, por exemplo, tem apenas 14 miligramas de cálcio, enquanto a ameixa fica na lanterninha, com apenas 6 miligramas.

Já a vitamina K, outro nutriente da amora, favorece a mineralização e o crescimento dos tecidos ósseos. O fósforo, parceiro do cálcio na manutenção do esqueleto, também tem lugar de destaque nessa frutinha – são cerca de 20 miligramas para 100 gramas do alimento. Sem contar que o mineral ainda melhora a resistência do organismo e manda a fadiga para o espaço.

Eita, preguiça!

Por falar em fadiga, se está faltando pique para enfrentar o dia a dia, aí vai outro motivo para você apostar na amora: ela fornece aproximadamente 10 gramas de carboidrato por porção. A vitamina C, por sua vez, além de espantar os radicais livres, promove a síntese de carnitina, pequena molécula envolvida no transporte de gordura para a célula, que renova as energias.

Estudos científicos têm comprovado que o suco da fruta é eficaz na destruição de bactérias que causam infecções ao organismo

Dicas de consumo

Para aproveitar as vantagens nutricionais da amora, o ideal é consumi-la in natura, para preservar suas fibras, vitaminas e minerais

• Confesse: está pensando em se esbaldar em geleia de amora, certo? Errado. Oitenta por cento das propriedades nutricionais da fruta desaparecem no pote do doce – que ainda vem abarrotado de açúcar.
• Que tal chá de folha de amora? As folhas da fruta, especialmente a miúra (uma variedade da amora branca), vêm lotadas de ácido gálico, amido e cálcio, que fortalecem o sistema imunológico, combatem doenças cardiovasculares, previnem diarreias e disenteria, ajudam a cicatrizar machucados e doenças de pele e aliviam feridas na boca e infecções.
• Memorize: amoras frescas contêm maior quantidade de ácido fenólico (ele aumenta a atividade enzimática, favorecendo a absorção de nutrientes), vitamina C e folato, uma das vitaminas do complexo B que ajuda a mandar o mau humor para bem longe.
• Ideal, dizem os especialistas, é consumir 75 gramas de amora por dia – o equivalente a 15 unidades.


Os tipos mais consumidos

Branca (Morus alba L.): Também conhecida como amora do mato, vem de árvore de folhas fi nas, lisas ou ligeiramente rugosas. As fl ores são pequenas e esbranquiçadas. Os frutos são formados pela união de muitos frutos em um só, pequenos, cilíndricos, brancos ou róseos, doces ou acres.

Preta (Morus nigra L.): Menor e mais rústica do que a branca, tem casca rugosa e escura e folhas ásperas. Os frutos são maiores que os da amoreira branca, têm cor vermelha bem escura e sabor agridoce, muito agradável.

Vermelha (Morus rubra L.): Também é chamada de amora silvestre e amora de barranco, é composta por longos caules curvos, com espinhos curtos, levemente encurvados e aguçados. Os frutos, conhecidos como amora ou morango silvestre, são bolinhas vermelhas e ocas.

Composição nutricional da amora preta crua

Calorias 43 kcal
Proteína 1,39 g
Carboidrato 9,6 g
Fibras 5,3 g
Cálcio 30 g
Magnésio 20 mg
Manganês 0,64 mg
Fósforo 22 mg
Ferro 0,32 mg
Potássio 162 mg
Cobre 0,16 mg
Vitamina C 21 mg

terça-feira, 8 de junho de 2010

Escolha a fruta certa

Elas são aliadas da dieta, mas algumas devem ser consumidas com cautela. Saiba qual a fruta ideal para cada momento do dia



Você já deve saber que ficar sem comer entre uma refeição e outra não vai ajudar a eliminar os quilos a mais. Muito pelo contrário: esse "crime alimentar" só vai dar razões para que você exagerar no tamanho do prato no almoço e no jantar. Um bom motivo para comer de três em três horas é que o hábito ajuda a manter o metabolismo sempre acelerado. No entanto, na hora do lanchinho entre as refeições principais, não vale enfiar o pé na jaca e devorar a feira inteira. As frutas são uma saborosa e saudável opção, mas BOA FORMA conta para você quais sãs as melhores aliadas de uma boa alimentação.

Sinal verde
Ricas em vitaminas, as frutas são sempre bem-vindas em qualquer cardápio. Mas, a nutricionista Cynthia Antonaccio avisa que, quando o assunto é o lanchinho entre as refeições, as de baixas calorias e que dão maior sensação de saciedade devem estar no topo da lista. Confira quais são:

Mexerica - Graças à casca grossa e aos gominhos, é prática e pode ser carregada até mesmo dentro da bolsa. Rica em fibras, a fruta vai manter seu intestino em pleno funcionamento e ainda vai ajudar você a economizar calorias.

Frutas vermelhas - morango, berries e cereja - São as preferidas de quem busca uma alimentação balanceada, apesar de muito saborosas, tem valor calórico baixo. A porção considerada ideal pela nutricionista é 1 xícara ou um punhado grande.

Banana - Pode ajudar você a driblar a vontade de comer doces. Assada ou grelhada e com uma pitada de canela, ela se transforma em uma deliciosa sobremesa.

Laranja - Também ganha no quesito praticidade e o fato de chupar os gominhos também aumenta a sensação de saciedade.

Damasco seco - Tem sabor bem adocicado e é rico em fibras. Por ser fácil de carregar, a fruta pode ser uma opção para quem não pára em casa ou no escritório. Segundo Cynthia Antonaccio, 5 unidades de damasco seco são suficientes.

Goiaba Vermelha - Também promete manter seu intestino em dia. Docinha, a fruta exige empenho na hora de mastigá-la, o que também contribui para a sensação de saciedade.

As frutas acima têm entre 60 e 80 calorias.

Sinal amarelo
As frutas não podem ficar de fora de um cardápio saudável, mas algumas têm alto valor calórico e, por isso, devem ser consumidas com mais cautela. "É importante controlar a quantidade, regular as porções. No geral, as frutas maiores devem ser consumidas com mais atenção", explica a nutricionista Cynthia Antonaccio. De acordo com ela, as frutas que recebem o sinal amarelo são o abacaxi, a melancia, a manga, o melão e a uva. No entanto, não é necessário tirá-las do seu menu: para não colocar a dieta em risco, confira quais são as porções ideais para cada uma delas.

Abacaxi: 1 fatia
Melancia: 1 xícara de cubos
Manga: metade ou 1/3, depende do tamanho da fruta
Melão: 2 fatias
Uva: 1 cacho pequeno


Ideais para a sobremesa

Resistir aos doces mais calóricos após as refeições não é nada fácil. Mas uma fruta saborosa pode ajudar, e muito, na hora de tapear a vontade de devorar uma sobremesa. Segundo Cyntia Antonaccio, toda fruta pode ser consumida logo após a refeição. No entanto, 1 fatia de abacaxi ou metade de um mamão papaia estão de bom tamanho. "Essas duas frutas possuem enzimas digestivas, que facilitam o trabalho do organismo após as refeições", explica.

Além do abacaxi e do mamão, a laranja, a goiaba e a tangerina também podem ser opções para quem não abre mão de adoçar o bico após o jantar ou almoço. Ricas em vitamina C, essas frutas ajudam o organismo a absorver o ferro consumido durante a refeição. "Mas no geral, é melhor consumir as frutas entre uma refeição e outra mesmo", alerta a nutricionista

Beber ou não beber leite?

O leite já foi tido como indispensável na alimentação, mas hoje é motivo
de dúvida



O que é intolerância à lactose?
A estimativa é de que 60% da população mundial tenha algum grau de intolerância ao leite – problema mais comum ligado à bebida. “Tudo começaria por volta dos 5 anos, quando, geralmente, o organismo humano diminue a produção de lactase, enzima responsável pela digestão da lactose, o açúcar do leite”, diz a nutricionista Vanderlí Marchiori, fitoterapeuta, especialista em alimentação funcional e colaboradora do Conselho Regional de Nutrição, em São Paulo. A reação não é percebida sempre. Muita gente só descobre a intolerância mais tarde, quando deixa o alimento de lado e nota que a saúde e a pele melhoram. Quando não é digerida, a lactose passa por um processo de fermentação no intestino e se transforma em “comida” para fungos e outros microrganismos típicos da flora intestinal, que se multiplicam causando doenças e deixando as bactérias do bem, como os lactobacilos, em desvantagem. Quando isso acontece, o corpo dá sinais: intestino preso, dores abdominais, flatulência, dores de cabeça e dermatite atópia – uma alergia de pele que provoca manchas avermelhadas e coceira. Como as vitaminas e outros nutrientes essenciais dependem de um intestino sadio para ser absorvidos, o bom funcionamento do organismo como um todo acaba sendo afetado.

A nutricionista Maria Luiza Ctenas, de São Paulo, considera toda essa argumentação exagerada e afirma que há inúmeros estudos de instituições de pesquisa respeitadas em todo o mundo relacionando o leite à prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, obesidade e câncer. Exatamente ao contrário do que dizem aqueles que defendem a retirada parcial ou total do alimento do cardápio. Um dos estudos citados pela nutricionista associa os ácidos graxos (as gorduras) presentes no leite à redução do colesterol ruim, ajudando, assim, a diminuir os riscos de infarto.

Já a nutricionista Silvia Cozzolino, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, não nega o fato comprovado pelas pesquisas de que a maior parte da população mundial pode ser intolerante à lactose. Mas afirma que a intolerância pode ser mais ou menos intensa. E garante: “Um copo diário de leite não chega a causar reação na maioria das pessoas, mesmo porque existem no mercado opções do produto com baixos teores de lactose”. Para quem não vive sem leite, ela sugere: em vez de cortá-lo totalmente, vale reduzir a dose. Além disso, iogurte, coalhada, cottage e outros queijos magros podem ser mantidos tranquilamente na dieta. No processo de industrialização, a lactose é transformada em ácido láctico, facilmente digerível até pelos estômagos mais sensíveis.

Alergia às proteínas

Para a turma do contra, a intolerância à lactose não é o problema mais sério relacionado ao leite. “Complicada mesmo é a alergia às proteínas, principalmente a betalactoglobulina e a caseína. O organismo humano não tem enzimas que possam digerir essas substâncias”, diz a nutricionista Denise Madi Carreira. Há dez anos, ela resolveu pesquisar o leite depois de, a pedido do pediatra, eliminá-lo da alimentação de seu filho, de 12 anos, que, até então, sofria de rinite, sinusite e bronquite. Depois disso, o garoto nunca mais precisou tomar remédio. “O leite estimula a produção de muco, que, em excesso, está relacionado a uma série de problemas respiratórios”, explica George Eliane Silva, clínico-geral, homeopata e nutrólogo. Sua opinião é compartilhada por vários profissionais que defendem a restrição ao consumo de leite.

Denise continua estudando o assunto até hoje e uma de suas conclusões é que as proteínas do leite não digeridas alteram a parede intestinal, responsável pela absorção dos nutrientes. “Essa alteração permite que as moléculas tóxicas, que seriam excretadas, entrem na corrente sanguínea, deixando o organismo mais vulnerável a doenças.” Por isso, alguns médicos e nutricionistas optam por retirar não só o leite como todos os laticínios da dieta de seus pacientes alérgicos. Ao contrário do que acontece com a lactose, não existe um processo industrial que faça a pré-digestão das proteínas. A alergia às proteínas lácteas não é diagnosticada com facilidade, e não há um exame 100% confiável. Muitas vezes, quando identificada, a doença já afetou o organismo.

Segundo a nutróloga Berenice Wilke, da Associação Brasileira de Medicina Complementar, todo leite animal (vaca, cabra e búfala) pode causar alergia por ser de difícil digestão. Uma saída seria substituí-lo pelo de soja (aquele do tipo original, sem sabor de fruta). Ele tem teor de proteína semelhante ao do leite de vaca e existem versões enriquecidas com cálcio. Maria Luiza não concorda e rebate com dados de mais uma pesquisa a favor da bebida. “O CLA, um ácido graxo presente na gordura do leite, tem propriedades anticancerígenas.” Como você vê, a discussão só está começando.

Leite pode causar até depressão?
É no intestino que boa parte da serotonina, o neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e pela diminuição do apetite por carboidratos, é produzida. Quando as funções do intestino são prejudicadas — seja pela presença indigesta de um alimento ou por outro tipo de distúrbio —, a produção de serotonina fica comprometida. E a falta dessa substância no organismo está associada à depressão. “Se a causa do problema não é combatida, não adianta tomar antidepressivo”, diz Joaquim Ambrósio Trebbi Gonçalves, do Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo.

Médico ortomolecular e especialista em cardiologia, nutrição e medicina intensiva, ele é o supervisor técnico do livro Leite: Alimento ou Veneno? (editora Ground), do americano Robert Cohen, recém-lançado no Brasil. Na publicação, Cohen, psicólogo especializado em psicobiologia, lista outras doenças que poderiam ser desencadeadas pelo consumo de leite. O autor relaciona, inclusive, diversos tipos de tumor ao acúmulo no organismo dos hormônios do crescimento bovino, usados para aumentar a produção de leite. Essa relação aparece também no livro O Leite Que Ameaça as Mulheres, do francês Raphaël Nogier (Ícone Editora). Pesquisas recentes, feitas na Austrália e divulgadas pela Sociedade Brasileira de Diabetes, levantaram a suspeita de que a proteína do leite pode ser um gatilho para o diabetes tipo 1 em pessoas que já tenham uma predisposição para a doença. Mas são estudos iniciais, ainda sem confirmação definitiva. O médico grego Fedon Alexander Lindberg escreve no livro A Dieta dos Deuses (Editora Gente) que, consumido com moderação, o leite pode fazer parte de uma dieta balanceada desde que o organismo o tolere bem. Mas avisa: “Nenhum outro animal ingere leite de espécies diferentes após o período de lactação”. E conclui: o ser humano se mantém saudável sem consumir leite. Afinal, 1,2 bilhão de habitantes da China sobrevivem muito bem sem laticínios. Sua preocupação é o risco de osteoporose? Segundo Fedon, os escandinavos, grandes consumidores da bebida, apresentam frequente incidência de perda de massa óssea.

Como repor o cálcio?
Sem dúvida, o leite (e derivados) é campeão absoluto de cálcio, mineral mais que importante para garantir ossos fortes. Mas, veja bem: não basta incluí-lo no cardápio. Para manter o equilíbrio ideal de cálcio, o organismo não depende apenas da ingestão mas também da absorção desse mineral. Segundo especialistas, o cálcio necessita de outros minerais como o boro, o magnésio e o manganês para ser fixado nos ossos. E a presença desses nutrientes depende diretamente de uma alimentação balanceada. As folhas escuras, como couve, brócolis, chicória, almeirão, escarola e mostarda, têm de sobra tanto o cálcio como os outros minerais citados. Um prato de sobremesa dessas verduras todos os dias, no almoço ou no jantar, dá conta de repor o cálcio que o corpo precisa. Outra alternativa, segundo a nutricionista Vanderlí Marchiori, é incluir nas receitas diárias uma pasta de gergelim chamada tahine, tempero de origem árabe encontrado nos supermercados. Ela sugere também o consumo diário de uma colher de sobremesa da mistura de sementes de linhaça, girassol (sem casca) e gergelim. Vanderlí ressalta que, quando o manganês, o magnésio e o boro são insuficientes, o cálcio fica circulando pelo organismo, podendo causar artrite, bursite e cálculos renais. Já para repor as proteínas do leite de modo satisfatório, a nutricionista recomenda leite de soja, tofu (queijo de soja), frango, peixe e carne vermelha magra, ovo, feijão, grão-de-bico e lentilha, por exemplo

Que sorte! Romã acelera o metabolismo

Ajuda a queimar gordura e faz a dieta funcionar melhor! A fruta ainda combate o envelhecimento e manda a celulite embora



Diz a lenda que partilhar uma romã com os amigos e familiares na virada do ano, e guardar algumas sementes na carteira, atrai sorte e dinheiro. Agora, essa fruta, vinda do Oriente, também está ganhando a fama de superalimento. Pesquisas da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, mostraram que ela tem uma quantidade surpreendente de antioxidantes de primeira linha (um deles é o ácido elágico, responsável pela cor vermelha das sementinhas). Por isso, é capaz de neutralizar quase duas vezes mais radicais livres que o vinho tinto e sete vezes mais que o chá verde. Ou seja, é poderosíssima contra o envelhecimento.

Como se fosse pouco, ainda tem ação antiinflamatória. O que isso significa? Menos celulite! Além de combater a inflamação das células e melhorar a circulação, amenizando os temíveis furinhos nas coxas, a fruta equilibra a flora vaginal. E, assim, previne chatices como a candidíase – infecção causada por fungos. A gente também fica mais resistente à infecção urinária. Patrícia Davidson, nutricionista do Rio de Janeiro, diz mais: “A romã livra o fígado de toxinas”. É o tipo de faxina que estimula o metabolismo e a queima de gordura, otimizando a dieta.

Os benefícios acima, claro, só aparecem com o consumo freqüente da fruta. “Recomendo 50 mililitros do suco concentrado todos os dias”, diz Patrícia. No Brasil, a única bebida que contém extrato de romã (e de outras frutas vermelhas), é o Pomesteen Power, da Forever Living. Superconcentrada, vem numa garrafa de 470 mililitros (vendida no sistema porta a porta) e custa quase 50 reais. A vantagem é que rende dez doses e age como um alimento funcional. Se preferir, você pode fazer seu próprio suco ou colocar as sementes na salada. O efeito pode não ser o mesmo que a da bebida pronta. Mas, com certeza, você coloca uma dose extra de antioxidantes e minerais (a romã ainda é rica em cálcio, potássio e ferro) na sua dieta. E um gostinho a mais!