Por estimular a termogênese, que é a produção de calor pelo organismo, ela está associada ao emagrecimento e à redução das gordurinhas. Saiba até que ponto realmente ajuda nas perdas de peso e de medidas
E la tem fama de deixar qualquer um ligadão e há algum tempo conquistou o status de substância emagrecedora. "A cafeína é encontrada em folhas, sementes ou frutos de mais de 60 plantas. Os grãos de café e de cacau e as folhas de certos tipos de chás são utilizados para o preparo de várias bebidas. Depois desse grande sucesso, a cafeína agora passou para os potes de beleza, prometendo igualmente reduzir as medidas.
Especialista em Nutrição Esportiva , conhece os efeitos da substância no cardápio de atletas - para reduzir a percepção de esforço, pois modifica o limiar da dor, melhorando a performance - e em dietas para perda de peso, por estar associada à liberação do hormônio catabólico adrenalina. "No sistema endócrino, a cafeína estimula a termogênese, que é a produção de calor pelo organismo humano, havendo evidências de que possa ter algum efeito benéfico para o emagrecimento de pessoas obesas, quando ingerida junto com as refeições.
Em relação aos cosméticos, a substância dá o ar da graça embutida em ingredientes como o chá verde (Camellia sinensis). Segundo os especialistas, os princípios curativos e regeneradores do chá agiriam sobre pele e cabelos e no combate à celulite e gordura localizada. Porém ainda não existem pesquisas científicas que comprovem efetivamente sua ação na redução das medidas.
Para queimar calorias
Segundo pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), beber diariamente até cinco xícaras de café coado ou filtrado ajuda a emagrecer - graças, é claro, à presença da cafeína, que aumenta o metabolismo do corpo e auxilia na queima de calorias. A redução de peso, do Índice de Massa Corporal (IMC) e da circunferência abdominal verificados nos 60 pacientes, pesquisados durante 18 semanas, foi de, em média, 1,5 %.
Mas, se você é chegada a um cafezinho, a determinados tipos de chás (como o preto e o verde) e até mesmo a um chimarrão, e faz deles seus aliados contra o aumento da balança, vale um alerta: "O consumo deve ser moderado, cerca de 300 mg ao dia, o equivalente a três xícaras de café. É claro que esse limite pode variar um pouco, já que cada indivíduo tem um grau diferente de sensibilidade à substância.
Quando consumida em exagero, a cafeína ativa o ritmo cardíaco, faz a pressão subir e os rins trabalharem mais, aumentando a vontade de urinar. "Ela também causa prisão de ventre, acelera a perda de cálcio pelos rins e pode levar à desidratação, além de deixar a pessoa nervosa, irritada e com dificuldade para dormir. E há um consenso entre os especialistas: consumir cafeína em grande quantidade tende a criar uma espécie de dependência.
Para se ter idéia, com uma única xícara de café, pessoas sensíveis são capazes de sentir os efeitos estimulantes por até seis horas. Importante lembrar que a substância pode ajudar, mas não vai fazer você perder as gordurinhas milagrosamente. Com orientação adequada, a melhor conduta ainda é manter uma dieta balanceada e praticar atividade física.
Outros efeitos
No sistema cardiovascular: observou-se que, ao ingerir 250 mg de cafeína - o equivalente a duas ou três xícaras de café forte -, uma pessoa, que não faz uso regular da bebida, acelera sua freqüência cardíaca (FC), podendo sentir palpitações e elevação da pressão sangüínea arterial. Ao mesmo tempo, a substância causa vasodilatação, crescimento do fluxo sangüíneo tecidual, incluindo as coronárias, e do fluxo sangüíneo coronariano. Portanto, indivíduos hipertensos ou cardiopatas devem consumir com muita cautela.
Os vasos sangüíneos cerebrais, por sua vez, apresentam diminuição do calibre, com aumento de sua resistência à passagem do sangue. Essa propriedade de contrair os vasos cerebrais justifica o emprego da cafeína no tratamento de crises de enxaqueca, onde a vasodilatação existente é responsável pelo quadro e é combatida pela substância.
No sistema nervoso central: 250 mg de cafeína estimulam a vigília, bem como os reflexos mais simples, enquanto tarefas com coordenação motora delicada podem permanecer inalteradas ou serem prejudicadas.
Em estudos recentes, descobriu-se que a substância age diretamente em células ligadas ao estado de ânimo das pessoas. Porém grandes doses produzem ansiedade e sintomas como cefaléia, irritabilidade, tremores, náuseas, insônia e diarréia.
Pessoas com alterações psiquiátricas, como síndrome do pânico, esquizofrenia e depressão, são mais sensíveis aos efeitos da cafeína.
"Consumida em excesso, a substância causa prisão de ventre, acelera a perda de cálcio pelos rins e pode levar à desidratação, além de deixar a pessoa nervosa, irritada e com dificuldade para dormir"
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