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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Inhame contra as gordurinhas e a celulite
Os benefícios do inhame
No Norte e no Nordeste do nosso país, o inhame faz parte do cardápio diário. Por lá, esse tubérculo está presente até no café da manhã. Mas deveria ser item obrigatório na dieta de todo brasileiro, especialmente das mulheres, e em qualquer idade. Só para listar alguns benefícios: ameniza cólicas menstruais e outros sintomas da TPM – a famigerada tensão pré-menstrual –, reforça as defesas do organismo e (uau!) estimula a libido. Sua preocupação é com a balança? O inhame tem ação anti-inflamatória, deixando o organismo menos suscetível ao acúmulo de líquido e toxinas. Isso significa tirar da frente dois grandes inimigos do corpo em forma: gordurinha extra e celulite!
Mais fertilidade
Não só isso. “Acredita-se que o consumo regular de inhame estimule a produção de mais de um óvulo por ciclo reprodutivo”, afirmam Pedro Accioly de Sá e José Lopes Filho, professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e autores do livro Inhame – O Nordeste Fértil (Ed. Ufal). Civilizações antigas, como os maias e os astecas, pareciam já saber disso. Eles estimulavam as mulheres a incluir o tubérculo na alimentação para que se tornassem mais férteis. O mesmo era feito em várias regiões da África. Hoje, os estudos científi cos comprovam: “O poder do inhame em aumentar a fertilidade vem do fito-hormônio diosgenina, que, no organismo, é transformado em outra substância de nome complicado, a desidroepiandrosterona (DHEA)”, explica Magali Leonel, pesquisadora do Centro de Raízes e Amidos Tropicais da Unesp-Botucatu.
Bumbum sem celulite
O DHEA existe naturalmente no organismo, especialmente até os 20 anos, e é responsável pela formação de (pasme!) 50 hormônios. Entre eles está o GH, o hormônio do crescimento. “No adulto, o GH estimula a queima de gordura abdominal e o ganho de músculo”, afirma a nutricionista Marcella Amar, do Rio de Janeiro. Mas o que mais chama atenção dos especialistas é a capacidade do tubérculo equilibrar os níveis do hormônio feminino progesterona. E, com isso, amenizar os sintomas da TPM (cólica, irritação, ansiedade) e da menopausa (ondas de calor, secura vaginal), além de reduzir o risco de perda óssea. O poder anti-inflamatório do inhame também vem daí: a progesterona impede que hormônios favoráveis ao acúmulo de toxinas – e, consequentemente, à infl amação das células e do organismo em geral – entrem em ação. Ou seja, o inhame é um senhor aliado da cintura fina e de um bumbum sem furinhos.
A dose certa
Os benefícios do inhame, claro, só aparecem com o consumo frequente. “Uma porção, no mínimo três vezes por semana”, recomenda Lucyanna Kalluf, nutricionista do Instituto Alpha de Saúde Integral, em São Paulo. Mas, por ser fonte de carboidrato, deve substituir o pão no café da manhã ou o arroz no almoço ou jantar. Você também pode experimentar as nossas sugestões de receita (veja a seguir). E
fique tranquila: diferentemente da batata, o inhame tem índice glicêmico médio. Ou seja, demora mais para ser transformado em açúcar no sangue, evitando picos de insulina no organismo e, com isso, menor risco de engordar. Para quem tem cólica menstrual muito forte, a nutróloga Regina Mestre, do Rio de Janeiro, recomenda associar o consumo do inhame a cápsulas manipuladas com o extrato seco do tubérculo. “A cápsula concentra uma quantidade maior de princípios ativos e, portanto, é mais efi caz no tratamento dos sintomas da TPM ou da menopausa”, diz Regina. O gastroenterologista José Figueiredo Penteado, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acrescenta: “Rico em betacaroteno, vitaminas C e do complexo B, cálcio, ferro e magnésio, o inhame combate os radicais livres”. Por isso, é um alimento que aumenta as defesas do organismo e adia as rugas.
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